Page 20 - Robótica - 6ºano - Escola Secundária da Sé
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Robo na medicina
Se você tivesse que passar por um procedimento cirúrgico delicado e pudesse
escolher, optaria por ser operado por um médico especialista ou por um robô? Os
avanços na tecnologia médica são tamanhos que está se tornando cada vez mais
comum o uso de instrumentos robóticos na realização de procedimentos cirúrgicos
delicados e minimamente invasivos. Afinal, quem não quer contar com o
conhecimento de um especialista médico aliado à tecnologia de última geração da
robótica para um procedimento mais seguro, preciso, rápido e, ainda por cima, com
menos dor e trauma? São os benefícios da robótica
na medicina!
Aqui tem tudo o que você precisa saber para ficar por
dentro deste assunto, que vem acrescentando outra
dimensão aos cuidados de saúde e à forma como os
médicos e cirurgiões estão se especializando.
Apenas no ano passado, mais de 6 mil brasileiros foram operados com o auxílio da
robótica e este número não para de crescer, com expectativa de aumento de 30% ao
ano Isso quer dizer que os médicos serão substituídos por robôs? Não! Os
movimentos do robô não são autônomos. A tecnologia depende inteiramente do ser
humano e só funciona com a existência de um profissional habilitado para
operacionalizá-la.
Os instrumentos robóticos são utilizados como uma extensão da mão do cirurgião e
obedecem ao seu comando. Os movimentos são escalonados, evitando aquele
tremor que todos os humanos têm – por mais experiente que
seja –, permitindo acesso a áreas mais delicadas do corpo
humano e executando movimentos milimétricos, com mínima
chance de erro.
. O uso de dispositivos robóticos em cirurgias começou na
urologia, ginecologia e em alguns tipos de cirurgia torácica e abdominal. A técnica é
bastante comum em procedimentos de retirada de vesícula, por exemplo, por meio
da laparoscopia.
Hoje, um dos trunfos da robótica foi ter entrado no campo da neurologia. Se há um
local em que a precisão é ainda mais do que fundamental, esse lugar é o cérebro e
outras áreas neurológicas. O cirurgião neurológico e diretor de neurocirurgia da
Sociedade Mundial de Cirurgia Robótica, Dr. Paulo Porto de Melo, foi quem trouxe
essa técnica para o Brasil, direto dos Estados Unidos, em 2011.
Além de amplificar a potencialidade do cirurgião e eliminar o tremor, o especialista
destaca uma habilidade exclusiva do robô: “o punho dele gira em sete eixos
diferentes, 360 graus”. O escalonamento de movimentos também é uma grande
vantagem. “Se faço um movimento de 0,5 centímetro, o robô fará de 0,05 centímetro.
Isso acaba deixando a cirurgia mais delicada, precisa e segura, com acesso a

