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                       PALAVRA DOS EDITORES










                                Tragédias ambientais






                 Desastre em Brumadinho, queimadas na Amazônia e, agora com grande tristeza, a maior tragé-
          dia ambiental do nosso litoral estampa nossa edição. Três, das seis edições publicadas nessa revista que
          tem o nome do artigo constitucional paradigma para a república democrática brasileira, estamparam
          desastres ambientais.
                 O art. 5º garante os direitos fundamentais do ser humano, sendo que o meio ambiente é um direi-
          to genuíno, não só do homem, como de todas as espécies não sapiens. O ser humano, por mais conheci-
          mento que adquire, não consegue ver a coisa mais simples do mundo: vivemos no planeta terra e precisa-
          mos dela para viver.
                 Será que um dia a preservação do meio ambiente será mais importante do que os desejos supér-
          fluos do ser humano egoísta e egocêntrico por natureza, ou será que o capitalismo reinará até que o últi-
          mo homem venda o seu litro de água para o ‘‘tio patinhas do futuro’’ que será o único sobrevivente, rico é
          claro, do planeta que se encontrará inabitável?
                 Nos dias atuais, avanços tecnológicos que visam um desenvolvimento sustentável e menos
          degradante ao ecossistema não tem progresso, pois na sua grande maioria são caros, tornando-se mais
          barato destruir a natureza que é de graça.
                 Essa triste constatação é percebida em países com privilégios naturais, como no Brasil que, de
          acordo com dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), recicla apenas 10% do lixo passível
          de reciclagem. Na alemã o índice é de 99%. Isso demonstra a preocupação da população com a recicla-
          gem e, de forma direta, com o meio ambiente.
                 A quantidade de desastres naturais ocorridos no Brasil não tem explicação. O governo não
          garante e proporciona uma educação ambiental a população, como também não edita leis que regula-
          menta e impõe que as empresas respeitem o meio ambiente em suas atividades econômicas.
                 Já a população não pensa que seus filhos precisarão dos recursos naturais que hoje desprezam e
          não dão valor. Até hoje, de forma costumeira, vemos pessoas jogando o seu lixo, ou sua bituca de cigarro
          no chão, o que demonstra o total descaso com a natureza e falta de educação.
                 Nesse cenário, outros desastres ambientais ocorrerão no país, pois a final, o povo só pensa em
          futebol, carnaval e, agora, na nova moda, a política, onde o meio ambiente virou também virou arma
          para os ‘‘coxinhas’’, como também para os ‘‘mortadelas’’.







                                                                                  Conselho Editorial



    ‘’Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangei-
       ros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...’’

                                         (Constituição Federal Art. 5º)



             BOLETIM ARTIGO 5º | ANO 14 - EDIÇÃO 56
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