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VACINAÇÃO
No total foram vacinados 5910480
habitantes da provincia de Luanda
dos 6.583216 previstos perfazendo
um total de 90% da população alvo
distribuidos de acordo a tabela abai-
xo.
MUNICIPIOS/DISTRITOS
Pop. Alvo Doses Adminitradas
% Cob.
Belas 1 071 662 1 274 485
119%
Cacuaco 887 829 7 5 7 2 4 0
85% Cadete vacinando população durante a campanha
Cazenga 867 659 8 0 4 4 9 4
93% pela doença. da OMS concluíram que existe um
Icolo e Bengo 75 103 2 9 7 7 2 Comunicação e mobilização so- alto risco entomológico epidémico
40% cial que permitirá informar e mobi- extensivo a quase toda população
Ingombota 89 556 3 9 2 6 6 lizar os líderes locais e a população do Pais, devido a alta taxa de infesta-
44% para sua participação activa nas acti- ção e disseminação do vector Aedes
K. Kiaxi 640 006 2 0 0 0 9 5 vidades de controlo da epidemia. aegypti em Luanda e outras provín-
31% cias de Angola.
Maianga 660 884 2 8 4 8 0 9 FEBRE-AMARELA A epidemia actual de Febre-ama-
43% A Febre-amarela é uma doença rela urbana iniciou em Dezembro de
Rangel 136 031 2 2 1 8 5 infeciosa grave de curta duração que 2015 no bairro Km 30 do município
16% pode causar a morte. É causada por de Viana da Província de Luanda,
Samba 160 174 2 7 6 4 0 um vírus que é transmitido ao ho- com a ocorrência de 4 casos que re-
17% mem através da picada de mosquitos sultaram em óbito tendo sido confir-
Sambizanga 433 970 1 1 4 5 7 0 infectados. Actualmente é endémica mado o diagnóstico pelo Laborató-
26% em 44 países nas regiões tropicais rio Pasteur de Dakar. Posteriormente
Quissama 25 240 1 2 9 7 3 da África e América do Sul causan- surgiram novos casos com uma pro-
51% do surtos em intervalos irregulares gressão rápida da epidemia.
Viana 1 535 102 2 088 495 em aldeias ou cidades, podendo Perante a gravidade do problema
136% comprometer milhares de pessoas. o Ministério da Saúde reactivou o
Outras Instituições Em África houve um ressurgimento sistema de vigilância epidemiológica
254 456 da doença desde meados dos anos nacional para notificação e busca ac-
TOTAL 6 583 216 5 910 480 1980. Angola registou surtos de im- tiva de todo caso suspeito de febre-
90% portância em 1971 e 1986. -amarela para conhecer a tendência,
Existem dois ciclos principais de distribuição geográfica e severidade
Componentes estratégicos transmissão da febre-amarela, trans- da epidemia de modo a iniciar in-
Para atingir o objectivo o plano missão silvestre que acontece em tervenções de controlo focalizadas
estabeleceu 6 áreas estratégicas de macacos onde os humanos adqui- inicialmente no município de Viana,
intervenção: rem a doença de forma incidental que consistiram na vacinação mas-
Vigilância epidemiológica inves- através de picadas de mosquitos siva da população maior de 6 meses
tigação e laboratório que permitirá silvestres e a transmissão urbana de idade e medidas de controlo vec-
monitorizar a evolução da epidemia que historicamente produz grandes torial nomeadamente a fumigação
e orientar as acções de controlo. epidemias e ocorre quando pessoas com insecticida piretroide e utiliza-
Campanha de Vacinação massiva infectadas com o vírus da Febre- ção de bio larvicidas em pequena
contra a febre-amarela que permitirá -amarela se deslocam para áreas escala a volta dos casos notificados.
controlar a epidemia protegendo a densamente povoadas, onde a po- Posteriormente a vacinação foi es-
população em risco pulação local tem pouca ou nenhu- tendida aos municípios de Belas, Ca-
Controlo integrado do vector Ae- ma imunidade e onde existem altos zenga e Cacuaco.
des aegypti que reduzirá o risco e mi- níveis de infestação pelo mosquito Para orientar as acções e coor-
tigará o impacto da epidemia. Aedes aegypti que é o mosquito vec- denar a implementação do plano o
Manuseio clínico dos casos que tor da febre-amarela urbana. Ministério da Saúde constitui-o uma
reduzirá a taxa de letalidade causada Avaliações realizadas por peritos Comissão Técnica de Resposta a Epi-
Órgão Informativo do ISTM - Edição Nº 7 - Maio 2016 15

