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VACINAÇÃO
Integrantes do grupo de vacinação do ISTM coordenado pelo coronel médico Dr. Capita
demia de Febre-Amarela que conta Municípios de Luanda. Por outro lado Estes dados de vacinação mostram
com o apoio dos Representantes das pesquisas realizadas pelas equipas que aproximadamente metade da
agências da ONU e peritos interna- Cubanas de luta antivectorial confir- população menor de 35 anos estaria
cionais da OMS, CDC e MSF assim mam a ampla infestação do País por protegida, assim como os viajantes
como com apoio operacional das Aedes aegypti. internacionais, no entanto devidas
FAA e Ministério do Interior entre ou- Relativamente a imunidade ad- as migrações e populações retorna-
tros parceiros. quirida por vacinação, sabe-se que a das nos pós conflito, possivelmente
Análise de situação vacina contra febre-amarela foi intro- não tenham sido vacinadas fazendo
Os principais factores de risco para duzida no calendário nacional de va- com que a população protegida seja
urbanização da febre-amarela são cinação de rotina do MINSA em 1980. menor.
a existência de altos níveis de infes- A partir desse ano administra-se roti- A curva epidémica de Viana é en-
tação do mosquito Aedes aegypti, neiramente as crianças de 9 a 11 me- talhada mostrando muitas lacunas e
vector da febre-amarela urbana e a ses de idade. As coberturas médias uma tendência a queda o que mostra
baixa imunidade da população con- vacinação de rotina contra a febre- as deficiências na notificação dos ca-
tra a doença devido a vacinação ou -amarela foram das mais baixas entre sos suspeitos e possivelmente o iní-
infecção natural. os antigénios do Programa Alargado cio do impacto da vacinação.
De acordo com uma avaliação rea- de vacinação (PAV) e estiveram a vol- Fonte: CPDE-MINSA
lizada no mês de Maio de 2013 por ta de 50%, devido principalmente a Objectivo Geral
peritos da OMS por ocasião de um insuficiente disponibilidade da mes-
surto de dengue, concluiu-se que ma nos laboratórios produtores e ao Interromper rapidamente a trans-
existe um alto risco entomológico de seu relativo alto custo. A cobertura missão do vírus da febre-amarela em
urbanização da febre-amarela devi- de vacinação de rotina para Febre- Luanda, através de vacinação massi-
do a alta taxa de infestação e disse- -amarela em Luanda foram similares va num período curto a fim de miti-
minação do vector Aedes aegypti em ao resto do país e nos últimos 7 anos gar o impacto negativo na saúde da
Luanda e outras províncias de An- estiveram entre 50% e 69%. população e a propagação interna-
gola. Na Província de Moxico não foi Cumprindo o Regulamento Sani- cional da doença, complementada
encontrado o mosquito vector. Em tário Internacional a vacina adminis- com acções de controlo do vector,
Janeiro de 2015 outra missão ento- tra-se também aos viajantes inter- vigilância epidemiológica e entomo-
mológica confirmou os altos índices nacionais estimados em 150.000 a lógica bem como de comunicação e
de infestação do vector em todos os 200.000 pessoas ano. mobilização social.
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