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A CULTURA DE POUPANÇA
CONCEITO – É sempre bom, antes já trás consigo, inúmeras necessida- to-realização, em que cada indivíduo
de irmos ao encontro do significado des. procura afirmarem a sua competên-
da expressão “Cultura de Poupança”, A conhecida Pirâmide de Abra- cia e demonstrar o seu sucesso.
sabermos antes o significado, das ham Maslow, em vida nos anos 1908- Daí que o Homem, espera o enve-
palavras que a compõe: CULTURA e 1970, explica sobre as necessidades lhecimento de seguida a morte. Para
POUPANÇA. do Homem. O desenvolvimento do este percurso, o homem deve contar
Cultura. Define-se como sendo, O homem, acompanhado das crescen- com alguns desafios da vida em que
Método de fazer crescer algo em mi- tes necessidades que comparadas não pode colocar de parte, o hábito e
crorganismos; ou o enquadramento aos escassos recursos disponíveis, o costume de Poupar.
a um meio favorável para o desenvol- isto é, comparado o (PIB) de um País, Vamos aqui, evidenciar um exem-
vimento de certas faculdades, cada às reais necessidades da População plo, dos nossos dias. Dois amigos
ser humano, com a aquisição ou atra- desse País, já encontramos maior João e o Filipe, resolvem ir ao Banco
vés da aquisição de conhecimentos; volume em necessidades, mas sem e solicitarem um Financiamento (Cré-
O Conjunto de Conhecimentos Ad- termos em conta, as necessidades dito Bancário), cada um deles, mas
quiridos que contribuem para a for- expecíficas entre as distintas classes com pensamentos diferentes sobre a
mação de cada Indivíduo, enquanto sociais, citadas por Abraham Maslow finalidade do Crédito:
Ser Social, Saber etc.… naquilo em que o Autor classificou O João resolveu atender a neces-
Poupança (S) – Define-se como de 5 Níveis de Necessidades agrupa- sidade de ter um carro, para facilitar
sendo, o Acto ou o efeito, de Poupar; das em função do crescimento das o transporte na sua vida quotidiana.
Despender com moderação, evitar necessidades do homem, conforme Já o Filipe, resolveu, financiar a cons-
despesas, economizar, pôr à salva; as etapas da sua evolução, nota que trução de um armazém, cuja finali-
preservar-se, ou dinheiro economi- o homem nunca sentirá satisfeito. dade era inicialmente alugar à uma
zado. O primeiro Nível; trata das necessi- empresa comercial, para pagar o cré-
CULTURA DE POUPANÇA – Um dades básicas que são as necessida- dito ao Banco de forma mais célere,
costume, Hábito ou uma forma de se des Fisiológicas, para a satisfação da esperando então, um segundo crédi-
sentir Responsável, na manutenção fome, sede, sexo, respiração etc. to, para continuar o negócio próprio.
e conservação de tudo o que nos é O segundo Nível; enquadra-se as Dos dois, apenas só o Filipe que fez
posto à disposição para o nosso pró- necessidades de segurança, protec- o seu investimento do empréstimo
prio benefício e ao de outrem. ção contra os animais ferozes, do frio contraído do Banco.
Poupa-se tudo, desde os objec- e das chuvas, do sol, um emprego.
tos, utensílios, acessórios e bens es- O terceiro Nível; enquadra-se as BIBLIOGRAFIA
senciais e proveitosos, para a saúde, necessidades sociais e afectivas, evi- NABAIS Carlos e NABAIS Francisco,
para o bem-estar cuja utilidade ajuda denciando o amor e o afecto em ou- Prática Financeira I – Lídel Edições
atingir níveis de qualidade de vida trem. Técnicas - 2ª Edição – Lisboa, 2005
universalmente aceite. O Quarto Nível; está a autoestima NABAIS Carlos e NABAIS Francisco,
Porém é sabido, de que o nosso que além de envolverem o reconhe- Prática Financeira II – Gestão Finan-
objectivo para esta Palestra, centra- cimento das nossas capacidades pes- ceira, Gestão de Tesouraria, Aplica-
-se na questão “Cultura de Poupan- soais, autoconfiança, envolvem tam- ções Financeiras, Financiamento das
ça”, um Hábito/Costume para qual- bém o reconhecimento dos outros, Empresas e Gestão Orçamental – Lí-
quer pessoa. O homem nasce, cresce, respeito e o prestígio. del Edições Técnicas Lda, 2005
reproduz-se e morre, mas ao nascer O Quinto; as necessidades da au-
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