Page 40 - D&D 5E - Guia do Mestre
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tendem a ser muito mais comuns que magos, clérigos ou
paladinos. Num cenário fantástico como esse, aqueles que
ostentam mágica frequentemente simbolizam a
decadência e corrupção da civilização e magos são os
vilões clássicos desses cenários. Itens mágicos, por
consequência, são raros e frequentemente perigosos.
Certos romances de DUNGEONS & DRAGONS seguem os
passos dos romances clássicos de espada e feitiçaria. O
mundo de Athas (como descrito em inúmeros romances de
Dark Sun e produtos de jogo), com seus gladiadores
heroicos e reis-feiticeiros tirânicos, pertence claramente a
este gênero.
FANTASIA ÉPICA
Uma paladina devotada em uma armadura de placas
brilhante agarra sua lança e investe em direção de um
dragão. Dando adeus ao seu amado, um nobre mago
ingressa em uma missão para fechar os portões dos Nove
Infernos que foram abertos em um ermo remoto. Um
bando muito unido de leais amigos se esforça para
sobrepujar as forças de um suserano tirânico.
Uma campanha de fantasia épica enfatiza o conflito
entre o bem e o mal como um elemento de destaque do
jogo, com os aventureiros mais ou menos inclinados para
o lado do bem. Esses personagens são heróis no melhor
sentido da palavra, guiados por propósitos maiores que
ganhos pessoais ou ambição e enfrentando perigos
incríveis sem piscar. Os personagens poderiam enfrentar
dilemas morais, lutando contra tendências malignas
dentro de si mesmos assim como a maldade que ameaçam
o mundo. E as histórias dessas campanhas
frequentemente incluem um elemento de romance: casos
trágicos entre almas gêmeas, paixões que transcendem
até a morte e adoração casta entre cavaleiros devotados e
os monarcas e nobres que eles servem.
Os romances da saga de Dragonlance exemplificam a
tradição de fantasia épica de D&D.
FANTASIA MÍTICA
Enquanto um deus furioso tenta diversas vezes destruí-lo,
um ladino astuto faz uma longa jornada da guerra para
casa. Desafiando os terríveis guardiões do submundo, um
nobre guerreiro se aventura nas trevas para recuperar a
alma de seu amor perdido. Invocando sua ascendência
divina, um grupo de semideuses aceita doze trabalhos
para ganhar as bênçãos dos deuses para outros mortais.
Uma campanha de fantasia mítica baseia-se nos temas
e histórias de mitos e lendas antigas, desde Gilgamesh
até Cú Chulainn. Os aventureiros tentam realizar
poderosos feitos lendários, ajudados ou prejudicados pelos
deuses ou seus agentes – e eles mesmos podem ter sangue
divino. Os monstros e vilões que eles enfrentam
provavelmente tem uma origem similar. O minotauro na
masmorra não é apenas outro humanoide com cabeça de
touro, mas o Minotauro – prole bastarda de um deus
mulherengo. As aventuras podem levar os heróis através
de uma série de desafios nos reinos dos deuses em busca
de uma dádiva ou favor.
Uma campanha desse tipo pode se basear nos mitos e
lendas de qualquer cultura, não apenas com os contos
gregos familiares.
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